A Notícia Esportiva – 22/11/2019
Com 13 jogadores já anunciados, Nacional continua se reforçando para o Módulo II
Pouco a pouco o Nacional de Muriaé vai matando a curiosidade do seu torcedor sobre os reforços contratados para a disputa do Campeonato Mineiro do Módulo II de 2020.
Até esta quinta-feira (21), treze jogadores já haviam sido anunciados pelo clube (veja lista completa ao final desta matéria).
Já foram divulgados seis atletas com mais de 24 anos, idade limite da competição: Leandrão, Jhonathan Moc, Douglas Alemão, Rodrigo Paulista, João Willian e Rafamar. Como são permitidas apenas sete exceções acima dessa idade, resta apenas um jogador mais experiente a ser anunciado.
Por decisão do clube, está sendo divulgada uma contratação por dia. Segundo a diretoria, mais de 20 jogadores já assinaram pré-contrato com o NAC.
A apresentação do elenco e da comissão técnica liderada pelo treinador Gian Rodrigues está prevista para o dia 3 de janeiro, às 16h. O Módulo II tem início marcado para o dia 8 de fevereiro.
JOGADORES ANUNCIADO PELO NACIONAL (até o dia 21/11)
Goleiros: Leandrão e Lucas Fritz
Lateral-direito: Jairo
Lateral-esquerdo: Jhonathan Moc
Zagueiro: Douglas Alemão
Volantes: Gustavo Nicola, Léo Índio e Rodrigo Paulista
Meias: João Willian e Max
Atacantes: Lucas Sales, Rafamar e Max
Tombense vai estrear no Campeonato Mineiro contra o Tupynambás
A Federação Mineira de Futebol divulgou na noite desta quarta-feira (20) a tabela oficial do Campeonato Mineiro do Módulo I, a principal divisão do estado.
E a primeira rodada vai marcar o confronto entre as duas equipes que representam a Zona da Mata: Tupynambás e Tombense se enfrentarão no dia 22 de janeiro, às 20h, no estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora.
Esta será a oitava participação seguida do Tombense na elite do futebol mineiro. Cada vez mais consolidado no cenário estadual, a equipe vai participar em 2020 também da Série C do Campeonato Brasileiro.
O Campeonato Mineiro será disputado por 12 equipes que se enfrentam, em turno único, na primeira fase. Serão, portanto 11 jogos garantidos para cada time. Por ter feito boa campanha em 2019 (terminou em 5º lugar), o Tombense terá o benefício de jogar seis partidas em casa.
Os quatro times mais bem colocados passam para as semifinais e os dois últimos serão rebaixados. A novidade desse ano será o Troféu Inconfidência, que será disputado entre os times que ficarem entre a 5ª e a 8ª colocação, em formato de mata-mata. O vencedor jogará ainda a Recopa Mineira contra o melhor time do interior (que terá se classificado para as semifinais do campeonato).
A equipe de Tombos (cidade que fica a cerca de 60 km de Muriaé) terá a seguinte sequência na fase inicial da competição:
1ª rodada – Tupynambás (fora)
2ª rodada – Cruzeiro (casa)
3ª rodada – Boa (casa)
4ª rodada – Atlético (fora)
5ª rodada – Patrocinense (casa)
6ª rodada – URT (casa)
7ª rodada – América (fora)
8ª rodada – Villa Nova (fora)
9ª rodada – Caldense (casa)
10ª rodada – Coimbra (fora)
11ª rodada – Uberlândia (casa)
OPINIÃO
Quando é preciso falar
Escrevo este artigo no dia 20 de novembro, data em que é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra. Confesso que hesitei se publicaria ou não o texto. Afinal, o que poderia eu falar sobre racismo e suas derivações? Qual minha vivência sobre o assunto?
Decidi seguir adiante ao me deparar com a frase: “NÃO BASTA NÃO SER RACISTA. TEM QUE SER TAMBÉM ANTIRACISTA”.
Portanto, abordarei o tema de forma a citar casos recentes em âmbito esportivo. Ao contrário do que muitos apregoam, acredito que precisamos sim falar sobre o tema. Dizer que não existe racismo no Brasil é brigar contra os fatos e tentar negar o óbvio.
Como se sabe, o esporte é uma extensão da sociedade. Atos replicados em estádios de futebol, por exemplo, nada mais são que reflexos de comportamentos comuns em outros ambientes.
Mas tem um agravante: como a própria psicologia das massas explica, quando o ser humano está em meio a várias pessoas, fica mais confortável para expressar opiniões e ter comportamentos que não teria caso estivesse sozinho.
Aí grandes aglomerações estimulam ações como a que aconteceu há poucas semanas no clássico entre Cruzeiro e Atlético, no Mineirão. Na ocasião, um homem (branco) estava discutindo com um segurança (negro). Em meio a várias ofensas, ele fala: “olha a sua cor”. A cena, que foi filmada, repercutiu rapidamente. Passados alguns dias, o homem que cometeu a injúria racial teve que prestar depoimento à Polícia, e, obviamente, negou ser racista. Disse que tinha amigos negros, que cortava cabelo com uma pessoa negra…. Típica desculpa estapafúrdia e que não engana ninguém. O processo judicial continua.
Tem os exemplos também de ofensas vindas das arquibancadas e têm como alvo os jogadores. Também há algumas semanas atrás, os brasileiros Dentinho e Taison sofrerem racismo quando jogavam pelo Shakhtar Donetsk contra o Dínamo de Kiev, pelo Campeonato da Ucrânia. Durante todo o jogo, sons, cânticos e gritos racistas eram endereçados aos atletas negros. Até que em certo momento, o atacante Taison não mais aguentou e atirou uma bola em direção à parte da torcida que o ofendia, além de mostrar o dedo do meio para eles. Como condená-lo? O árbitro da partida, pasmem, expulsou o jogador…
Casos assim têm sido, infelizmente, comuns na Ucrânia, Rússia, Itália… Mas não é só longe de nós: repercutiram bastante por aqui as ofensas ao goleiro Aranha feitas por torcedores do Grêmio em 2014; de uma torcedora do Botafogo contra o atacante Vinicius Júnior, então no Flamengo, em 2018; do zagueiro Antônio Carlos, à época no Juventude, contra o meia Jeovânio, do Grêmio, em 2006… Só para citar alguns exemplos.
Segundo o Observatório Racial do Futebol Brasileiro, desde 2014 os casos de racismo em estádios do Brasil vêm crescendo ano após ano. Só no primeiro semestre de 2019, 21 casos foram registrados.
É absurdo pensar que aconteça sequer um único caso. Como é absurdo também que, em pleno 2019, um texto como esse ainda precise ser escrito.