A Notícia Esportiva 08/11/2019

Realizado o Conselho Técnico do Campeonato Mineiro do Módulo II

Na última terça-feira (5 de novembro) foi realizado na sede da Federação Mineira de Futebol o Conselho Técnico do Módulo II, competição que conta com a participação do Nacional de Muriaé, que foi representado pelo presidente Irineu Júnior e pelo vice-presidente José Geraldo Pimentel.

Assim como nas últimas quatro temporadas, ficou definido que a edição de 2020 será novamente disputada na categoria Sub-24 (jogadores nascidos a partir de 1996), com apenas sete exceções.

Já o modo de disputa sofreu alteração: as 12 equipes participantes jogarão em turno único na primeira fase, com todos os times se enfrentando. Os dois últimos serão rebaixados e os quatro mais bem colocados avançam para a fase seguinte, que vai ser disputada em formato de quadrangular, todos se enfrentando em dois turnos. Ao fim do quadrangular final, as duas melhores equipes na classificação garantem vaga no Módulo I.

O Módulo II tem início previsto para o dia 8 de fevereiro de 2020 e término para o dia 30 de maio. Além do Nacional, estão confirmadas as seguintes equipes: Athletic (São João Del Rei); Betim; CAP Uberlândia; Democrata (Gov. Valadares); Democrata (Sete Lagoas); Guarani (Divinópolis); Ipatinga; Mamoré (Patos de Minas); Pouso Alegre; Serranense (Nova Serrana) e Tupi (Juiz de Fora).

O NAC tem definida a sua comissão técnica, que vai ser liderada pelo treinador Gian Rodrigues, e já começou a anunciar os jogadores contratados. A pré-temporada está marcada para se iniciar no dia 3 de janeiro.

OPINIÃO

O Flamengo de Jesus e as discussões sobre o futebol brasileiro

O técnico (ou mister, como prefere ser chamado) Jorge Jesus chegou há não muito tempo no Flamengo e no futebol brasileiro. Mais especificamente, foi anunciado no dia 1º de junho e comandou o primeiro treinamento no dia 20 do mesmo mês.

O que poderia ser apenas mais uma aposta em treinadores estrangeiros, tem se mostrado um acerto retumbante, com direito a liderança isolada no Brasileirão e vaga na final da Libertadores, que vai ser disputada contra o River Plate, da Argentina, no dia 23 de novembro, em Lima, no Peru.

O aproveitamento de mais de 80% dos pontos fala por si sobre a qualidade do trabalho apresentado. Por mais que ainda faltem títulos para a coroação definitiva (o do Campeonato Brasileiro parece ser apenas questão de tempo), a chegada de Jorge Jesus o seu consequente sucesso tem suscitado diversas discussões sobre a qualidade do futebol brasileiro.

Mas devemos ter calma. Falar de futebol é mexer com paixão. O torcedor tem a tendência a formar, aceitar e emitir opiniões baseado em seus sentimentos. Nada mais natural. Até mesmo na imprensa esportiva há arroubos discursivos exacerbados.

É imperioso reconhecer que o time comandado pelo português encanta, como há muito não se via em terras tupiniquins. Mas apesar no nome, Jorge Jesus não é o Messias que veio salvar o nosso futebol.

Muitos dos conceitos aplicados pelo mister já foram vistos em alguns times brasileiros:  marcação alta, compactação, pressão para retomada da bola…

Portanto, não há exatamente algo novo sendo apresentado. O que mais chama a atenção é a união de todos esses conceitos no mesmo time de forma bem-sucedida. E impressiona o repertório e as várias formas para se alcançar o gol.

Costumamos rotular equipes como propositivas ou reativas; que se amparam nas jogadas de bola parada ou se apegam ao contra-ataque como modelo de jogo. No Flamengo atual, todos esses conceitos são aplicados, em maior ou menor escala.

Mais da metade dos gols marcados pelo time rubro-negro sob o comando de Jorge Jesus saiu ou em contra-ataques ou em bolas recuperadas no campo de ataque. Mas não se limita a isso. Na vitória sobre o Grêmio por 5 a 0 pela Libertadores, quatro gols se originaram em jogadas de bola parada. Ademais, o Flamengo é um dos times que apresentam maior posse de bola, sabendo o que fazer quando precisa enfrentar adversários fechados.

Ainda assim, existem os que tentam diminuir ou relativizar o futebol jogado pela equipe carioca. O argumento mais utilizado aponta para o alto investimento feito e os jogadores disponíveis. É algo a ser considerado. Mas será que só isso explica as boas atuações? Será que com o antigo treinador, Abel Braga, o desempenho seria o mesmo?

Ao mesmo tempo, isso significa que todos os treinadores brasileiros estão ultrapassados? Que há só uma forma certa de jogar?

Entre as tentativas de rotular este Flamengo comparando com grandes times históricos ou de atenuar os seus méritos, talvez até nos esquecemos do que é mais prazeroso: apreciar o bom futebol.

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