A China e o coronavírus

Apesar do avanço inquestionável da ciência, o crescimento populacional do Planeta faz com que apareçam, ao longo do tempo, inúmeras doenças que causam apreensão aos povos pelo mundo afora. Mais do que apreensão, o pânico toma conta das pessoas quando há risco de uma pandemia.

A “febre” do momento é o novo coronavírus (COVID-19), um vírus altamente infeccioso oriundo da China, país com cerca de um bilhão e meio de habitantes e que se espalha com muita facilidade através do contato físico, pelo ar e até mesmo de gotículas expelidas pela tosse ou espirro. Caso semelhante aconteceu em anos anteriores com o Ebola, um vírus disseminado por animais, especialmente pelo macaco e que apareceu na República do Congo, mobilizando a Emergência de Saúde Pública Internacional. Parece que hoje já se encontra sob controle graças exatamente ao avanço da ciência.

O que vem preocupando os Organismos Internacionais de Saúde, no caso do Coronavírus, é a facilidade com que ele se espalha, tendo um índice de letalidade maior entre as pessoas já idosas ou aquelas cuja imunidade se apresenta mais deficiente. Outra questão importante a ser considerada é que existem muitas fronteiras abertas com a China, o que impede um controle maior de pessoas em contato com infectados.

Entretanto, o fato mais relevante é que, por ser a China a segunda economia do mundo e o PIB que mais cresceu nos últimos anos, é enorme o número de imigrantes oriundos de todo o mundo a procura de trabalho, ou mesmo pessoas que viajam passando pelo seu território a trabalho, o que pode disseminar ainda mais o vírus. Isto é outro fato a ser considerado.

Mas o que eu quero destacar, além da nova doença, é claro, é o quanto esse país é importante hoje para a economia internacional. Trata-se do maior parceiro comercial do Brasil, seguido dos Estados Unidos, Argentina e Alemanha. É a economia que mais tem poder de fogo para o crescimento do seu PIB no momento. Portanto, faz sentido que nessa economia globalizada, qualquer retrocesso que haja na economia de lá, os reflexos aqui no Brasil são imediatos. A Bolsa despenca, o dólar dispara e a nossa economia entra em parafuso.

Quanto ao coronavírus, espera-se que os cientistas consigam isolar o vírus o quanto antes, e trazer soluções imediatas para que ele não continue a espalhar o pânico entre os habitantes de outros países como o Brasil, embora estejamos a milhares de quilômetros de distância. Se a fragilidade da Saúde Pública brasileira já deixou voltar a febre amarela (Oswaldo Cruz a derrotou há um século), deixou voltar o sarampo, inclusive com a incidência de mortes, e não consegue conter outras febres disseminadas por um mosquitinho – ou pela “mosquita”, como dizia a Dilma – o que vamos fazer para nos defender de um vírus que se espalha com tanta rapidez? Que Deus nos livre e nos guarde, amém!

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