Editorial 31/01/2020
A população brasileira tem assistido consternada ou preocupada a série de tragédias provocada pelo alto volume de chuvas na região Sudeste. E Minas foi o estado que mais sofreu até o momento, com inúmeras cidades literalmente arrasadas pelas águas que caíram, passaram e foram deixando um rastro de lama e destruição nunca visto na História do estado.
Até o momento, estão sendo contabilizados quase meia centena de mortos em razão de deslizamentos e inundações, além de milhares de desalojados ou desabrigados. A tragédia de Brumadinho, por exemplo, apesar de já ter passado um ano, ainda está na memória do povo mineiro.
Está na cara que esses fenômenos extremos que provocam índices pluviométricos gigantes estão cada vez mais frequentes. Isso demanda que estados, municípios e a União estejam sempre preparados para mitigar estas situações, elaborando planos de contingências, medidas de curto e longo prazos capazes de resguardar população. Cabe ao poder público impedir que moradores ocupem áreas de risco iminente. A precipitação de chuvas altamente volumosas é um fenômeno da natureza, mas também faltam políticas habitacionais capazes de retirar moradores que constroem seus casebres basicamente dentro de rios ou em encostas, e quando vêm uma quantidade de chuva fora do habitual, afloram as tragédias anunciadas, como está acontecendo neste ano.