O respeito à Democracia

Todos sabem que o voto, a liberdade de expressão e o direito à informação são pilares importantes da democracia de um país. Se não são os principais pilares, pelo menos encontram-se dentro do seleto grupo de garantias de qualquer regime democrático e fazem parte do estado democrático de direito. De lado outro, a Constituição prescreve também que os Poderes da República são harmônicos e independentes entre si. Preservar todos esses preceitos é sustentar e fortalecer a nossa jovem democracia. Há outras questões que devem ser consideradas, e uma delas, é, sem dúvida, o respeito que se deve ter às instituições. Este respeito que devemos ter, certamente, não tem importância menor do que os pilares citados anteriormente, mas, também, há de se frisar que todas as instituições existentes dentro do sistema democrático são vias de mão dupla, uma vez que tratam-se de organizações que visam, em contrapartida, proteger a sociedade.

Quando se fala e voto, eleições, liberdade de expressão, direito à informação e respeito às instituições como pilares da democracia é preciso esclarecer ao distinto público e principalmente aos que detêm o poder, que a democracia não foi inventada para garantia de mando apenas de maiorias. Como escreveu Cacá Diegues – escritor e cineasta – em uma de suas colunas: “É preciso não deixar de considerar que a democracia existe também para garantir o direito à voz e à ação das minorias”. Quando ouço o nosso presidente atacar pessoas que fizeram história – Paulo Freire foi o último exemplo – ou à imprensa independente, que noticia para todos aqueles que o elegeu legitimamente, fatos que o desagrada, vejo nele tão somente a farda de um capitão paraquedista tentando um vôo sem paraquedas, e não o estadista que deveria ser.

Esse discurso indesejável não é só da extrema direita. Os esquerdopatas comandados pelo ex-presidente Lula e seus fieis seguidores, respondem também com sentimentos de ódio tudo que os contrariam. Eles se colocam como eternos vitimados de um pseudo sistema, sempre que a imprensa independente e de forma democrática noticia o que não lhes interessa. Nem a imprensa nem a população aceitam mais o Estado do compadrio, a cumplicidade quadrilheira e o nepotismo, onde a rivalidade que aflora entre esses atores da política só se mostra na disputas pelo poder a qualquer custo e por orçamentos bilionários.

A democracia está muito acima disto. É preciso que um chefe de estado entenda qual é o seu papel na condução do país e compreenda o valor da democracia como um espaço único de convivência entre diferentes, e que o respeito às instituições é de fundamental importância para emplacar a sua governabilidade.

Agora, se os homens que têm poder de mando neste país não respeitam a democracia, não respeitam as instituições nem seus semelhantes, resta-nos, como consolo e esperança, apenas a possibilidade de podemos comemorar mais um ano do nascimento do Filho do Criador do Universo, Aquele que é onisciente, onipotente e principalmente, onipresente.

Que seria de todos nós se não fosse Ele? Feliz Natal.

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