Editorial 13/12/2019
Interessante como a humanidade é absolutamente dependente das variações climáticas. E não importa que sejamos, como bem cantou Jorge Ben Jor, um país tropical e abençoado por Deus. O Brasil é um país de dimensões continentais, e todos os problemas provocados por questões do clima são proporcionais ao seu tamanho territorial.
Pois vejam: até dois meses atrás, as maiores discussões que ocupavam todos os noticiários, inclusive dando chance aos oportunistas de plantão de colocar a culpa no governo, eram as queimadas das nossas matas, tanto da Amazônia como da mata Atlântica. Só se falava em desmatamento pelo fogo que andou lambendo parte das nossas florestas. Mas ninguém se lembrou, naquela oportunidade, que estávamos passando por um período de seca intensa e que qualquer resto de cigarro jogado irresponsavelmente na margem de uma estrada pode provocar incêndios de altas proporções.
Agora que chegamos em mais um período chuvoso, tudo se inverteu. Esqueceram as queimadas. O foco passou a ser as cidades alagadas, os deslizamentos de encostas e os riscos iminentes de várias tragédias. E assim vai caminhando a humanidade; e os governantes que se virem para atender à população.