Presidente eleito do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé é empossado

Eduardo de Alcântara (novo presidente do sindicato) e Dalberto Luiz Gomes (ex-presidente do sindicato)
Eduardo de Alcântara (novo presidente do sindicato) e Dalberto Luiz Gomes (ex-presidente do sindicato)

O presidente eleito do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Eduardo Antônio de Alcântara e os 16 membros da nova diretoria para o quadriênio 2017/2021 foram empossados em seus respectivos cargos. A cerimônia foi realizada no sábado (4), na sede do sindicato, que está localizado na Rua Doutor Marcus Tarcísio, Barra.

Além de Muriaé, a entidade, que existe há 30 anos, abrange ainda os municípios de Barão do Monte Alto, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre. Atualmente, conta com aproximadamente 7 mil sócios e possui subsedes no distrito de Belisário e nos municípios de Rosário da Limeira e Barão do Monte Alto. Em breve, deve ser instalada uma representação também em São Sebastião da Vargem Alegre, que foi incorporada no ano passado.

O novo presidente destacou que durante sua gestão dará atenção especial para a agricultura familiar, que corresponde à boa parte da área de atuação do sindicato, e esclarecer os trabalhadores rurais sobre as reformas previdenciária e trabalhista. Eduardo também vai fazer um trabalho voltado para que o sócio seja mais participativo. “Hoje, o nosso principal desafio é voltar à base. Sabemos que nas reformas previdenciária e trabalhista, o público rural tem a possibilidade de ser o mais atingido. Por isso, temos que voltar à base, levar para os trabalhadores de que o governo, de fato, está querendo tirar direitos deles, e tentar nos organizar. Vamos também tentar trazer o sócio para dentro do movimento, para fortalecer a nossa luta. Quanto mais unidos, mais forças teremos para lutarmos contra essas eventuais mudanças da Previdência, para que não tenhamos retrocessos nos direitos adquiridos”, conta Eduardo, que atua há cinco anos no sindicato e tem como vice Davi Aparecido de Oliveira.

Segundo os sindicalistas, as reformas, se aprovadas, farão com que os trabalhadores rurais percam direitos. Hoje, por exemplo, as mulheres agricultoras familiares aposentam com 55 anos e os homens, com 60 anos. A nova proposta do governo é que tanto homens quanto mulheres trabalhadoras rurais aposentem com 65 anos. Além disso, com a mudança da Previdência, o agricultor não será mais reconhecido como segurado especial, tendo, portanto, que contribuir diretamente para a Previdência Social.

O ex-presidente do sindicato, Dalberto Luiz Gomes, afirma que nos quatro anos de sua gestão procurou fazer um trabalho de aplicação das políticas públicas conquistadas em prol dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e de expansão da base territorial do sindicato. Entre os projetos, destacam-se o de habitação rural, pelo qual foram construídas 25 casas na base do sindicato, no valor de mais de R$ 700 mil; e a aplicação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por meio da Cresol, e do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE) nas escolas de Muriaé. “Executamos muitas políticas públicas, sejam elas aplicadas diretamente pelo sindicato ou por instituições parceiras. Também conseguimos estender a base para São Sebastião da Vargem Alegre, que tem uma economia familiar forte, e construímos uma subsede em Rosário da Limeira, algo que foi uma grande conquista para os trabalhadores”, enumera Dalberto, afirmando que deixa o cargo “com a certeza do dever cumprido e em boas mãos”.

O presidente da Cresol Fervedouro, instituição parceira do sindicato, João Paulo Dias da Fonseca, diz que confia no trabalho da nova diretoria. Ele, que foi presidente do sindicato por dois mandatos, comenta que Eduardo Alcântara terá um desafio perante as possíveis reformas trabalhista e da Previdência. “Hoje, 30 anos após a inauguração do sindicato e depois das conquistas que tivemos, estamos vendo as coisas retroagirem. Acredito que esses sejam os grandes desafios que a atual diretoria tem, de mobilizar os trabalhadores e de fortalecer a luta sindical, para que possamos continuar garantindo os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores do campo. Mas, eu tenho certeza de que o Eduardo fará um excelente trabalho e que essa diretoria terá sucesso, assim como as demais tiveram”, avalia.

O membro da diretoria e presidente da Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar e Solidária da região de Muriaé (Coopaf), Antônio Carlos Bagle, considera que a posse de uma nova diretoria é um momento importante para um sindicato. “O sindicato é uma instituição muito importante, pois é uma fonte de luta por melhorias em prol dos trabalhadores rurais. Agora, temos um grande desafio, pois direitos conquistados durante anos podem ser cortados”, diz ele, que foi o segundo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Barão do Monte Alto, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro, Isaías Clóvis de Freitas, ressalta a importância da união entre os trabalhadores e sindicatos para a manutenção dos direitos já adquiridos. “Temos que continuar esse trabalho em conjunto, essa parceria com todos os sindicatos da região, para reforçar o movimento na região”, frisa. “Que o novo presidente tenha força, coragem e determinação para continuar na luta à frente do movimento sindical”, completa.

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