Piracema: pescadores devem ficar atentos ao período de reprodução dos peixes
Os pescadores devem ficar atentos à piracema, nome dado ao período de desova dos peixes, quando eles sobem os rios até suas nascentes para desovar e se reproduzir. A piracema, que começa hoje (1°), se encerra no dia 28 de fevereiro de 2017.
Durante esse período fica proibida a realização de pesca em rios e lagos de espécies nativas, como lambari, traíra, pial, acará, entre outras. A pesca continua permitida apenas para peixes híbridos e exóticos, que não são nativos.
Quem for flagrado pescando receberá multa e sofrerá outras penalidades, como sanções criminais e administrativas. De acordo com legislação em vigor, as multas podem chegar a R$ 2 mil pelo ato da pesca e até R$ 1.700,00 dependendo do tipo de equipamento utilizado, o qual também será apreendido.
A piracema é protegida por lei federal. Nesse período de quatro meses não é permitido pescar para consumo e nem para comercializar. Torneios e pescas também estão proibidos. O objetivo é garantir o ciclo de vida dos peixes.
Vale lembrar que todo pescador amador deve possuir carteira de pesca. O documento pode ser solicitado no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (www.semad.mg.gov.br), ou obtido pessoalmente junto ao IEF, cuja unidade em Muriaé está localizada no Horto Florestal, juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O telefone para contato é o (32) 3722-3315. Já o pescador profissional tem que ter registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Denúncias referentes à piracema e a qualquer tipo de crime ambiental podem ser feitas diretamente ao 5º Grupamento de Polícia Militar de Meio Ambiente, situado na Gávea (próximo ao 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros). O telefone para contato é o (32) 3721-4349.
APREENSÃO DE REDES – Na última semana, a poucos dias do início da piracema, a Polícia Militar do Meio Ambiente apreendeu mais de 2 mil metros de redes de pesca em operação na represa da Usina Hidrelétrica Barra da Braúna, na cidade de Laranjal. No total, foram recolhidas 92 redes e as ações resultaram em multas com valores que ultrapassam R$ 9.800,00.
A ação foi uma prévia das atividades que serão deflagradas durante o período de defesa dos peixes.