Editorial
A Operação Lava-Jato continua trabalhando a todo vapor. Nesta semana, além de conseguir na Justiça, como resultado do trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público, a prisão do ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antônio Palocci, houve ainda o indiciamento de outros dois ex-ministros: a senadora Gleisi Hoffmann e o seu marido Paulo Bernardo.
Todos sabem que para continuar no poder o governo lulopetista, além de mergulhar o país num mar de lamas, praticou o famoso estelionato eleitoral, através de uma campanha eivada de mentiras e propagandas enganosas. Enfim, vilipendiaram a sociedade brasileira, e, por extensão, atropelaram também as nossas instituições.
Nesta semana, o ministro da Justiça do governo Temer se envolveu numa polêmica sobre a prisão de Antônio Palocci, acusado de antecipar as ações da Polícia Federal.
Ainda que pareça ser incoerente, considerando todos os fatos que vêm sendo anunciados, para se investigar, julgar e prender os corruptos que invadiram este país, inclusive o ex-presidente Lula, a quem se atribui a articulação da maquiavélica trama de poder, é preciso que todos os órgãos auxiliares de investigação ou os que compõem o Poder Judiciário e, principalmente, o ministério da Justiça, ajam absolutamente dentro da lei, observando os ditames da Constituição, sem qualquer tipo de “espetacularização”, para que a legitimidade das suas ações não sejam contestadas, e, também, para que não ocorram os riscos de serem desmoralizadas perante a opinião pública.
Há um ditado popular que diz que “o segredo é a alma do negócio”. Se querem dar um “pulo” nos corruptos e corruptores deste país, que o façam baseados em provas robustas que não gerem polêmicas que possam colocar em dúvida a eficiência da Justiça. Afinal de contas, a confiança que o povo deposita no Judiciário não pode ser abalada.