Convite sublime
Normalmente a dor funciona como pedagogia de despertamento
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” – Jesus. (Mt., 16:26.)
Permanece em vigor o convite de Jesus: “vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.
Quem já tomou conhecimento da Boa-Nova, está convidado a pescar criaturas que se afogam no mar revolto das iniquidades, nos rios dos desesperos, nos pântanos do abandono e da solidão, nos regatos estreitos do egoísmo, nos arroios da ignorância, nos lagos do comodismo, nas lagoas da indiferença, nas corredeiras das vãs agitações e nas quedas livres da maldade…
Ao reencarnar o Espírito cai numa espécie de letargo e, como que anestesiado em suas potencialidades espirituais, perde o endereço do Mundo Maior, desvinculando-se das aspirações morais e espirituais. Seus olhos voltam-se, então, para as coisas de César, isto é, para as questões puramente horizontais do imediatismo materialista e, na “miopia” mental de que se reveste, não consegue identificar a necessidade de cuidar das questões verticais, que são as coisas de Deus, que o colocaria dentro das balizas de sua identidade cósmica, de tudo que transcende a matéria perecível e transitória. Envolve-se, então, com as cogitações menores da vida material em completa anestesia espiritual. Precisa ser acordado! Normalmente a dor exerce aí a sua pedagogia de despertamento…
Se Jesus é a porta, Kardec é a chave; Jesus é o timoneiro e Kardec é a embarcação… Com os dois navegaremos em segurança no mar encapelado das vias evolutivas com desassombro, sem perigos de naufrágios e com os olhos postos na meta final que é a felicidade encontrada no cume da evolução relativa ao nosso alcance. E durante essa viagem, iremos lançando, de nossa embarcação segura, as redes da fraternidade e do amor, trazendo para o aconchego do aprisco divino os náufragos do caminho…
Abençoado seja todo aquele que “renunciando a si mesmo, toma a sua cruz e segue Aquele que é o nosso modelo e guia mais perfeito: Jesus!…”
Ele continua ainda a convidar às criaturas de boa vontade: “vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.