Muriaeense sequestra bebê e acaba presa ao chegar na cidade

A Polícia Militar descobriu um recém-nascido, que teria sido vítima de sequestro em Uberlândia – no Triângulo Mineiro, com uma mulher de 47 anos, e que dizia ser a mãe da criança, em Muriaé. O caso começou na noite de terça-feira (3) quando ela foi detida pela PM, na Barra, e levada para averiguações.

O crime foi descoberto após a PM receber uma denúncia de que a mulher estava com uma criança que não era dela, os militares foram até a sua residência, na Rua Simeão Feres, na Barra, e constataram a veracidade dos fatos. Ela disse aos militares que havia dado à luz há cerca de 100 dias.

Depois, a mulher que não apresentou a certidão de nascimento do bebê, mudou a história dizendo que a criança era prematura, havia nascido em Belo Horizonte e ficado na incubadora por quatro meses, por isso ela teria ficado tanto tempo longe.

Ao ser levada para o Hospital São Paulo, foi constatado que o bebê não era dela e que ele tinha apenas seis dias de vida e estava com o cordão umbilical.

Como não havia registro da criança, o Conselho Tutelar foi acionado imediatamente e cientificado dos fatos. As conselheiras disseram que, há alguns meses receberam uma denúncia de mesmo teor envolvendo a autora, contudo, há época, nenhuma criança fora encontrada sob seus cuidados. Mas, ainda assim, o fato foi comunicado ao Ministério Público e à Polícia Civil.

De acordo com a PMMG, durante o atendimento da ocorrência, os policiais receberam informações que uma mulher havia procurado a Policia Militar na cidade de Uberlândia, sendo atendida pela Base Comunitária, e teria relatado que sua filha teria sido levada por uma mulher, moradora de Muriaé. De acordo a solicitante, ela e a autora foram apresentadas por uma terceira mulher, através da rede social Facebook. A mãe disse que estava disposta a entregar voluntariamente sua filha para a autora, já que é estrangeira (venezuelana), e não tem condições financeiras, no momento, para sustentar a criança.

A autora, então, viajou para Uberlândia, uma semana antes da criança nascer e acompanhou o parto, no hospital das clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Ainda de acordo com o relato da mãe na ocorrência policial, quado a criança teve alta, ficou sob os cuidados da autora por dois dias em um hotel, quando ambas procuraram um cartório para registrar a menina. Nesse meio tempo, a mãe comunicou à autora que havia desistido de dar a criança e que iria criá-la apesar das dificuldades. A autora, então, prometeu que se mudaria para Uberlândia para ajudá-la a criar a menina e pediu para ficar com a bebê por mais um dia, mas a mulher sumiu, não atendia mais as suas ligações e não respondia às suas mensagens.

Durante diligência, foi encontrada a certidão de nascimento original da criança e uma aparentando falsificação, além de outros documentos relevantes. Os documentos e o telefone celular da suspeita foram apreendidos.

Com o andamento da ocorrência, a mulher acabou sendo presa em flagrante e, agora, poderá responder por sequestro e cárcere privado. O bebê passa bem e está sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.

O caso segue sob investigação.

Foto: Silvan Alves

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