Vereador é preso durante Operação Catarse
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé e as Polícias Militar e Civil, efetuou, na tarde de quarta-feira (19), a prisão preventiva do vereador investigado por liderar associação criminosa destinada ao cometimento de crimes de lavagem de dinheiro. Ele está afastado do cargo desde a 1ª fase da operação Catarse.
No dia 18, foi realizada a operação “Catarse V”, para o cumprimento de 18 mandados judiciais na cidade, sendo um mandado de prisão preventiva, seis mandados de busca e apreensão, cinco mandados de indisponibilidade de bens e seis mandados cautelares de proibição de contratação com a Administração Pública. Contudo, o vereador não havia sido encontrado pela polícia.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público, “segundo as investigações, verificou-se que o vereador, que já ocupou a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sistematicamente, agiu e age no sentido deliberado de ocultar e dissimular a propriedade de veículos, empresas, imóveis, máquinas, gados e dinheiro pertencentes a ele. Para concretizar o seu recorrente plano criminoso, conforme apurado, o agente político se vale de, pelo menos, três pessoas de sua mais alta confiança.”
De acordo com o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco da Zona da Mata, foram indisponibilizados, nesta fase da operação Catarse, bens no valor aproximado de R$ 1.953.040,00. A operação de terça-feira contou com a participação de promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis.
Um dia antes da ação, na segunda-feira (17), o vereador, prestou depoimento em uma audiência de instrução, da comissão Processante da Câmara de Muriaé, que investiga as denúncias apresentadas contra ele.
Ainda segundo o promotor de justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco, a Operação Catarse já possibilitou o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão, inclusive em face de cinco vereadores em exercício, três ex-vereadores, seis postos de gasolina, três construtoras e 12 empresários; três mandados de prisão preventiva; dois mandados de prisão temporária; dois mandados de afastamentos dos cargos públicos e 10 mandados cautelares de proibição de contratação com a Administração Pública.
Além disso, já foram indisponibilizados, bloqueados e apreendidos os seguintes bens: um sítio situado no município de Muriaé; uma casa de luxo situada no município de Muriaé; um caminhão; R$ 310.550,96 em cheques apreendidos; R$ 77.228,30, em dinheiro apreendido; R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente; Caminhão Marca Mercedes Benz Modelo LK 1620; uma caminhonete marca FIAT Modelo Strada Freedom 13CS; uma caminhonete Fiat Toro Freedom; VW Neobus Mega; VW 24.250 CNC 6X2; REB/Tupy RA 84; VW/Fusca1300;VW Polo1.6; I/VW Space Fox; Moto Honda /CG 125 Fan; VW/Gol Special; VW/Gol1.0;Ecomotion GIV; VW/Voyage; R/Divino Santafé EF 115; REB Colina CB-1; um veículo Corolla; uma carregadeira modelo W136, motor 1.8; uma escavadeira Hyundai, modelo R140LC-7, ano 2010; uma escavadeira hidráulica Hyundai, modelo R210, ano 2012; e um imóvel situado em Muriaé.
Até o momento, já foram apurados 733 crimes, sendo 24 concussões, 1 corrupção passiva; 12 lavagens de dinheiro; 695 crimes de peculato; e 1 delito de associação criminosa, sendo 21 pessoas denunciadas.
Com informações: Ascom Ministério Público
Foto: MPMG