Deputada federal Benedita da Silva ministra palestra em Muriaé
A deputada federal pelo Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), esteve em Muriaé, a convite do presidente do Diretório municipal do partido, Elias Muratori e de sua esposa Maria Inês, que estiveram com ela em seu gabinete no início de janeiro, para ministrar uma palestra voltada para as mulheres, sobre a importância da figura feminina na sociedade e na política. O evento aconteceu no sábado (19), no Cefas.
O encontro contou com a presença de lideranças políticas e correligionários de cidades da região, como o assessor institucional do Governo de Minas, Wagner Chicareli, o presidente do partido na cidade, Elias Muratori, os prefeitos das cidades de Vieiras, Valdinei Chicareli (Nei) e de São Francisco do Glória, José Bissiati, bem como da vice-prefeita de Miradouro, Gilsilene Mendes, além do vereador de Muriaé, Jair Abreu e do superintendente de Ensino, Sandro Carrizo, dentre outros.
A deputada afirma que existe uma campanha nacional por uma maior participação da mulher na política. “É muito importante que a mulher participe da política em todas as casas legislativas. Entendemos que precisamos dar uma sacudidela nas políticas para as mulheres, para que não haja nenhum retrocesso nas conquistas que obtivemos até hoje”, afirma.
Ainda de acordo com Benedita da Silva, neste ano em que acontecem eleições municipais, é importante que esta cultura feminina possa chegar para discutir e debater pela cidade. “O que faço é estimular as mulheres para aproveitarem este ano de eleições municipais, para irem junto com os homens”, diz.
A deputada afirma, também, que a participação e o interesse da mulher por política não aumentaram o suficiente, apesar de ter tantas mulheres em todas as esferas políticas. “E nós dizemos isso sempre por conta das dificuldades que nós, mulheres, temos para participar da política. A política tem se tornado um jogo de carta marcada, por isso você tem que ter toda uma militância, um partido forte e conhecer o jogo da política. A mulher tem que se preparar para enfrentar essa conjuntura, que não é favorável para a mulher”, considera.
CRISE E LULA – Sobre a situação política atual, o cenário da crise no Brasil e sobre os fatos recentes envolvendo o ex-presidente Lula, Benedita disse que o país enfrenta uma crise econômica agravada por uma crise política, criada pela oposição, inconformada com a derrota nas eleições presidenciais de 2014.
“É a crise política que impede de avançarmos na questão da crise econômica. O governo brasileiro tem uma saída para a crise econômica, uma crise econômica que não é problema do Brasil exclusivamente. Temos uma crise econômica agravada por uma crise política de quem não ganhou as eleições e não deixou o governo trabalhar até agora, e tem impedido, insistentemente, de que algo possa dar certo”, ressalta.
Sobre Lula, Benedita defendeu que os últimos acontecimentos mostram claramente que o objetivo da oposição é impedir que o petista seja candidato à presidente em 2018, e afirmou, também, que se ele for preso, acontecerá uma convulsão social. “O que eles querem é uma cena midiática de colocar o Lula numa algema. Se eles fizerem isso, teremos uma convulsão social. Não tenha dúvidas que teremos. Ontem [sexta-feira], pelo Brasil inteiro, isso ficou altamente comprovado. Nós demos uma demonstração de que estamos com o presidente Lula e que nós acreditamos nele. E que eles é que sabem. Querem prender o Lula, prendam o Lula. Ele vai virar um ‘Mandela’”, dispara a deputada, fazendo alusão ao líder africano, Nelson Mandela, que ficou 30 anos preso por lutar pela igualdade racial na África do Sul e se transformou em um dos maiores líderes populares da história mundial, chegando à presidência de seu país.
A parlamentar enfatiza que o governo tem, internacionalmente, “toda uma relação para que esse golpe não vá adiante”. “Eles não aguentam mais um partido que incluiu, que se desenvolveu e que teve o menor índice de desemprego. Eles estão querendo nos cassar, não é pelos maus feitos, mas pelas benfeitorias, porque o que foi feito para o pobre, o trabalhador, a elite brasileira não suporta. Não suporta ver, do lado dela no avião, uma empregada doméstica. Não suporta entrar em um restaurante e ver lá uma pessoa simples. Ninguém quer tomar o que o rico tem, apenas ter dignidade de criar, através de seu trabalho, o seu patrimônio”, afirma Benedita.
A deputada disse, por fim, que a crise econômica tem jeito e que não é exclusividade do Brasil, destacando que outros países afetados por ela estão superando, mas ainda não se superaram totalmente.