Das três virtudes teologais

A Caridade é em todos os mundos a eterna âncora de salvação

“A Fé, a Esperança e a Caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a Caridade.” – Paulo.  (I Cor., 13:13)

A fé levada ao excesso produz o fanatismo, e, a esperança mal dosada, leva à ociosidade. A Caridade, porém – a mais excelente das três virtudes teologais –  mesmo  levada  ao excesso, produz os sazonados frutos da fraternidade. Na Caridade estão encerrados os destinos dos homens em quaisquer estâncias e instâncias…

Paulo de Tarso, tão bem entendeu essa  questão que escreveu : “(…) a Caridade  é  o  facho  celeste,  a luminosa   coluna   que  guia  o  homem  no  deserto   da   vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no Céu como auréola santa,  na  fronte dos eleitos, e,  na  Terra,  se  acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de Caridade que  espalham  em torno de si.”

Nada exprime com mais exatidão, nada resume tão bem os deveres do homem, como  essa  máxima  de ordem  divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem,  do  que  a apresentando como regra, por isso  que  é  um reflexo  do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará”.

Dois anos antes da mensagem de Paulo, S. Vicente de Paulo afirmava : “(…) a Caridade é em todos os mundos a eterna âncora de salvação; é a mais pura  emanação  do  próprio Criador”.

A Caridade, porém, à luz do Espiritismo, não se restringe apenas à beneficência, mas, espraia-se no  conjunto de  todas as qualidades do coração, na bondade e na  benevolência para com o próximo, enfim, é o grande atenuador de atritos nas relações interpessoais…

Allan Kardec, em aditamento aos conceitos acima, inscreve na bandeira do Espiritismo: “fora da Caridade não há salvação”. Isto, porque, segundo o Mestre Lionês, esta máxima assenta-se num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, consagrando, assim, sem privilégios, os normativos da igualdade de todos perante Deus e da liberdade de consciência.

Nesse patamar todos os homens são irmãos e solidários uns aos outros e a Terra  transformar-se-á  sob  os auspícios da Caridade num imenso redil de um só rebanho tendo  em Jesus seu único e excelente Pastor.

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